terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Conselho Tutelar da Brasilandia 2011 - 2014

Lei Fed. 8069/90 art. 131 / Lei Mun. 11.123

Em defesa dos direitos da criança e do adolescente

No último domingo (16) cerca de quatro mil pessoas foram às urnas da região da Freguesia do Ó e Brasilândia para eleger os conselheiros tutelares que farão parte da gestão 2011 – 2014. Mesmo com o dia chuvoso e frio a população exerceu a cidadania e marcou presença nos 18 pontos de votação da região.
Por aqui foram eleitos 10 conselheiros. Sendo cinco na Freguesia e cinco na Brasilândia. Ao todo tínhamos 47 candidatos. O sistema de votação foi o mesmo utilizado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e qualquer pessoa, maior de dezesseis anos, que tem inscrição eleitoral na cidade de São Paulo participou e escolheu o conselheiro que vai atuar em sua região. Cada eleitor votou uma única vez e em um único candidato.
O Subprefeito da Freguesia/ Brasilândia Valdir Suzano acompanhou as eleições e visitou três pontos de votação: CEI Jardim Monjolo, EMEF Morro Grande e EMEI Manuel Bandeira. Nesta última, encontrou as promotoras públicas Fernanda Arboleya Ratcov e Fabiana Lima Vidal que foram supervisionar a legitimidade da eleição.
Vale lembrar que a função dos conselheiros é zelar, dia e noite, para que crianças e adolescentes de São Paulo não tenham os seus direitos violados, ou ameaçados. São os conselheiros que também realizam campanhas, programas e articulam ações com a sociedade civil e o poder público, para o cumprimento do que preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Cada conselho tem caráter autônomo e permanente.

Veja abaixo o nome dos novos conselheiros eleitos:

Conselho Brasilândia 2011 - 2014
Nome
José Humberto de Pontes
Fábio Ivo Aureliano
Juarez de Oliveira Almeida
Fábio Marcelo Oliveira de Souza
Iracilda Pereira Canha







Informaçoes site da Prefeitura de São Paulo: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/freguesia_brasilandia/noticias/?p=27590

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Quem pode ser Conselheiro Tutelar?


Após abordar sobre as aptidões, características, legislação e competências do Conselheiro Tutelar, descobriremos agora quem pode exercer esta importante profissão dentro da conjuntura nacional. Afinal, são estes cidadãos os responsáveis por defender os direitos dos jovens do nosso país, os quais muitas vezes não têm a mínima condição de saber estes direitos para lutar pela garantia dos mesmos.
Para fazer parte desta classe, o interessado, antes de preencher qualquer pré requisito legal, deverá conter muita disposição para lidar com pessoas das classes menos favorecidas e, em decorrência disso, se deparar com os problemas encontrados principalmente (mas não estritamente) neste ambiente. Além disso, o indivíduo deverá estar preparado para:
1º -> Estar aberto para receber informações novas. Há que se ter paciência para conseguir ouvir as pessoas que podem influenciar na solução caso.
2º -> Compreender o que foi dito pelos sujeitos envolvidos no caso, fazer associações e buscar as melhores saídas possíveis para os problemas.
3º -> Estudar constantemente, haja vista que alguns conceitos neste meio mudam constantemente.
4º -> Acompanhar e encaminhar os casos.
Agora vamos aos quesitos de acordo com a lei. Um profissional desta área deve possuir:
1º -> Idoneidade Moral perante a sociedade.
2º -> Idade superior a 21 anos.
3º -> Residência na própria cidade em que atua.
4º -> Cumprimento dos pré requisitos estipulados pelo município. Geralmente referém-se à escolaridade mínima, onde geralmente é cobrado, no mínimo, o ensino medio completo e/ou certificado de aprovação em curso de aptidão para ser Conselheiro Tutelar.

Conselho Tutelar


O conselho tutelar foi criado conjuntamente ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), instituído pela Lei 8.069 no dia 13 de julho de 1990. Orgão municipal responsável por zelar pelos direitos da criança e do adolescente, deve ser estabelecido por lei municipal que determine seu funcionamento tendo em vista os artigos  131 a 140 do ECA. Formado por membros eleitos pela comunidade para mandato de três anos o Conselho Tutelar é um órgão permanente (uma vez criado não pode ser extinto), possui autonomia funcional, ou seja, não é subordinado a qualquer outro órgão estatal. A quantidade de conselhos varia de acordo com a necessidade cada município, mas é obrigatária a existência de pelo menos um Conselho Tutelar por cidade, constituído por cinco membros.
Segundo consta no artigo 136 do ECA, são atribuições do Conselho Tutelar e, consequentemente, do conselheiro tutelar atender não só às crianças e adolescentes, como também atender e aconselhar pais ou responsáveis. O Conselho Tutelar deve ser acionado sempre que se perceba abuso ou situações de risco contra a criança ou o adolescente, como por exemplo, em casos de violência física ou emocional. Cabe ao Conselho Tutelar aplicar medidas que zelem pela proteção dos direitos da criança e do adolescente. Para informações completas das atribuições do Conselho Tutelar acesse o ECA completo em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8069.htm .
Apesar de muitas pessoas acharem o contrário, o Conselho Tutelar não tem competência para aplicar medidas judiciais, ou seja, ele não é jurisdicional, e não pode julgar nenhum caso. Exemplificando, quando um adolescente (12 à 18 anos) comete um ato infracional (crime), quem deve ser acionado para o atendimento é a Polícia Militar, e não o conselho tutelar. Este sim deve ser chamado quando o mesmo ato infracional for cometido por uma criança (com até 12 anos de idade incompletos).          Por se tratar de órgão a parte do aparato de segurança pública municipal, não pode agir como órgão correcional. Em resumo, é um órgão ‘zelador’ dos direitos da criança e do adolescente.      Não é função de o conselho tutelar fazer busca e apreensão de crianças e/ou adolescentes, expedir autorização para viagens ou desfiles, determinar a guarda legal da criança.
O conselheiro tutelar deve sempre ouvir e entender as situações que lhe são apresentadas por aquele que procura o Conselho Tutelar. Somente após a análise das situações especificas de cada caso é que o conselheiro deve aplicar as medidas necessárias à proteção dos direitos da criança e/ou adolescente. Cabe ressaltar que, assim como o juiz, o conselheiro aplica medidas, ele não as executa, deve por tanto buscar os poderes necessários para execução dessas medidas, ou seja, poder público, famílias e sociedade.
O processo de escolha dos conselheiros tutelares deve ser conduzido pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (órgão que deve ser criado e estar funcionando antes do Conselho Tutelar). Para ser conselheiro tutelar é necessário ter 21 anos completos ou mais, morar na cidade onde se localiza o Conselho Tutelar e ser de reconhecida idoneidade moral. Outros requisitos podem e devem ser elaborados pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. É indispensável que o processo de escolha do conselheiro tutelar busque pessoa com um perfil adequado ao desenvolvimento da função, ou seja, alguém com disposição para o trabalho, aptidão para a causa pública, e que já tenha trabalhado com crianças e adolescentes.
É imprescindível que o conselheiro tutelar seja capaz de manter dialogo com pais ou responsáveis legais, comunidade, poder judiciário e executivo e com as crianças e adolescentes. Para isso é de extrema importância que os eleitos para o a função de conselheiro tutelar sejam pessoas comunicativas, competentes e com capacidade para mediar conflitos.



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